Testes cutâneo-alérgicos
Os testes cutâneo-alérgicos de sensibilidade imediata são procedimentos médicos codificados pela tabela da Associação Médica Brasileira sob número 19.010.11-7 e são rotineiramente utilizados como procedimento diagnóstico nos serviços de Alergia e Imunologia. Seu uso no diagnóstico da alergia respiratória, da alergia a fármacos e da alergia alimentar está bem estabelecido.
A análise da reatividade se faz por planimetria da pápula palpável resultante. Considera-se o tamanho em milímetros do maior diâmetro da pápula palpável somado ao diâmetro de sua perpendicular, posteriormente dividido por dois. Obtem-se assim o diâmetro papular médio (DPM). O eritema formado ao redor também pode ser considerado.
Testes de fotocontato
Os testes de contato, fotocontato ou patch-test são realizados para identificar reações de hipersensibilidade tardia (do tipo 4 de Gell e Coombs). Consiste na colocação de um adesivo contendo as substâncias a serem testadas e que permanece por 48 horas sendo submetido a duas leituras, a segunda após exposição à luz solar. Geralmente, é feito de segunda-feira com leituras na quarta-feira e na sexta-feira.
Imunoblote
Para detecção de IgE específico contra os alérgenos que mais comumente originam reações alérgicas pela inalação, contato ou ingestão. Pode ser realizado artesanalmente ou pelos kits da Euroimmun®.
Testes de inibição da aderência do linfócito
Os testes de inibição da aderência produzidos por antígenos são codificados pelo código 28.06.145-4 da tabela AMB. Prestam-se para avaliar “ex vivo” as alterações imunológicas provocadas pela presença do antígeno suspeito junto aos leucócitos do paciente com sintomas de alergia. O teste de inibição da aderência do leucócito é um procedimento descrito em 1972 por Halliday para detecção de antígenos envolvidos na imunidade mediada por células. Este teste simula “ex vivo” o enfrentamento antigênico dos leucócitos e avalia a resposta armada contra o antígeno adicionado, através da inibição da sua propriedade de aderência.
O teste é realizado com plasma fresco, que é dividida em alíquotas, sendo que uma serve como controle e as outras são incubadas com o(s) antígeno(s) em estudo por meia hora com agitação. Nessa incubação, os linfócitos que estiverem sensibilizados ao antígeno em estudo liberam citocinas que agirão sobre os outros leucócitos. A seguir, os leucócitos são colocados em câmaras hemocitométricas e deixados por duas horas em câmara úmida a 37°C para permitir a aderência dos mesmos ao vidro da lâmina. A seguir os leucócitos são contados, lava-se a câmara hemocitométrica e contam-se novamente os leucócitos restantes (aderidos). Realiza-se o mesmo procedimento na solução controle e observa-se a diferença na aderência com as outras.
Quando existe inibição da aderência pelo contato do antígeno, após a lavagem da câmara, não se observam mais leucócitos, enquanto que na câmara do controle os leucócitos permanecem aderidos ao vidro. Realiza-se então o cálculo da aderência da solução controle e da solução de antígeno (contagem pós-lavagem dividida pela contagem pré-lavagem multiplicado por 100). A Taxa de Inibição da Aderência do Leucócito é a diferença de 1 menos a relação entre a porcentagem da aderência da amostra enfrentada dividida pela porcentagem de aderência do controle, multiplicada por 100. Este exame avalia “ex vivo” a resposta imunológica específica do linfócito T helper ao antígeno enfrentado.